Um dos pioneiros da literatura naturalista no Brasil

Aluísio Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís (Maranhão) a 14 de abril de 1857 e morreu em Buenos Aires (Argentina) a 21 de janeiro de 1913. Homem de temperamento irrequieto, exerceu as mais diversas profissões. Foi funcionário público, jornalista, professor, teatrólogo, caricaturista, cenógrafo, romancista e, algumas vezes, poeta. A sua obra literária, que é bastante vasta, compreende principalmente romances e peças de teatro, muitas das quais foram escritas em colaboração com Artur de Azevedo, que era seu irmão. Assinou com pseudônimos alguns dos seus trabalhos; os que usou mais freqüentemente foram Victor Leal e Gil Vaz. A sua produção jornalística aparece, com certa assiduidade, nos jornais Pacotilha e Pensador, do Maranhão, e as suas caricaturas no Fígaro e O Mequetrefe. Ingressando na carreira diplomática, exerceu funções consulares na Espanha, no Japão e, finalmente, na Argentina, onde faleceu. É considerado um dos pioneiros da literatura naturalista no Brasil. Da sua obra, que abrange os mais diversos gêneros literários, fazem parte: Os Doidos (1879), comédia, escrita em colaboração com Artur de Azevedo; Uma Lágrima de Mulher (1880), romance que assinala, verdadeiramente, a sua estréia literária; O Macário. Aluízio de Azevedo foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a Cadeira N.º 4, cujo patrono é Basílio da Gama. Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo. São Luís, MA, 1857 - Buenos Aires, 1913. Obras principais - conto: Demônios, 1893; Pegadas, 1897 - novela: O Touro Negro, 1938 - romance: Uma Lágrima de Mulher, 1879; O Mulato, 1881; Condessa Vésper, 1882; Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores, 1882; Casa de Pensão, 1884; O Homem, 1887; O Cortiço, 1890; A Mortalha de Alzira, 1891 - crônica: O Japão, 1984 (póstuma) - teatro: A Flor de Lis, 1882; Casa de Orates, 1882; Em Flagrante, 1891; O Cabloco, 1886; etc.