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Doenças virais e casos de saúde pública

Vírus são agentes infecciosos muito pequenos, destituídos de células e só têm metabolismo quando estão no interior de células hospedeiras, sendo considerados como parasitas intracelulares. Podem parasitar em bactérias, plantas e animais. No ser humano provocam catapora, herpes, rubéola, sarampo, varíola, poliomielite, raiva, dengue, febre amarela, gripe, caxumba, hepatite, AIDS, microcefalia, chikungunya etc. A transmissão pode ocorrer de pessoa para pessoa; por meio de alimentos, objetos ou instrumentais contaminados. O tratamento em muitas oportunidades é paliativo. Espera-se que o organismo elimine naturalmente o vírus, ou controla-se a sua permanencia e ação no organismo pelo resto da vida do hospedeiro. A prevenção é o melhor caminho. A vacinação tem sido a forma mais eficaz de combater as doenças provocadas por vírus. Algumas doenças ainda não possuem vacinas preventivas, e o melhor meio de evita-las é cuidando da higiene pessoal, da casa, do bairro etc. Medidas de controle quanto ao contato físico com outras pessoas também é de fundamental importância.

O sistema de saúde do Brasil costuma designar a ocorrência destas doenças como endêmicas, talvez para divulgar a ideia de limitação de área na qual a doença se manifesta. Pela nossa história foram muitas que causaram furor: malária, febre amarela, peste bubônica, esquistossomose, leishmaniose, filariose, doença de Chagas, aids, mais recentemente a dengue e atualmente a microcefalia. Até o final do século XIX pouco se podia fazer quanto a estas doenças, até que surgiu a microbiologia, os agentes causadores começaram a ser descobertos e os diversos métodos de prevenção começaram a ser criados. O principal deles, obras de saneamento básico, que atualmente, no século XXI, andam relegadas a terceiro plano pelos políticos por “gastar” muito e não “render” votos. Será este um dos principais motivos para que as doenças andem ganhando tanta força?

Infelizmente vivemos à sombra dos países mais desenvolvidos, e destes dependemos quanto aos medicamentos para erradicação das doenças. Pouco produzimos do que já existe e quase nada criamos de novo. Esta situação nos leva a crer que temos que apelar para o bom senso de evitar que estas doenças se propaguem, lançando mão das armas que temos ao nosso alcance. E que armas são estas? Uso controlado e tratamento de todas as águas; desde potável ao esgoto, do regato ao oceano. Higiene não só pessoal, mas coletiva (do país como um corpo). Processamento adequado para cada espécie de lixo produzido, incluindo aí a diminuição de sua produção. Alimentação saudável e balanceada. Atividades físicas de qualidade. Moradia civilizada e confortável. E para conseguir tudo isso, Educação. Um ensino de qualidade que seja capaz de preparar o cidadão para a construção de um novo mundo bem diferente do que vemos hoje.

Autor: Arnold Gonçalves


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