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O aumento de doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens brasileiros

O número de jovens infectados por doenças sexualmente transmissíveis está aumentando segundo as mais recentes pesquisas estatísticas patrocinadas pelos diversos órgãos ligados a área da saúde. Em parte pelo crescimento populacional, que eleva naturalmente os números reais em qualquer apuração de quantidade de casos. Em parte pela diminuição de casos proporcionais, ocorridos após o excelente trabalho de prevenção executado nas décadas anteriores, sobretudo focado na contenção da propagação do vírus HIV. O fato de os jovens da atualidade encontrarem um ambiente mais tranquilo e controlado, acabou por favorecer o comportamento de negligência.

Nunca tivemos tantos meios de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, assim como ao controle de natalidade, entretanto, a ascenção no número de casos constatados estão causando novas preocupações aos organismos que cuidam deste processo de controle no país. Muitos jovens, tomados como cientes de todos os perigos, apesar do livre e amplo acesso à informação, elemento marcante nesta sociedade atual, inclusiva e digitizada, não demonstram grande interesse e preocupação em relação ao assunto, agindo de forma a negligenciar a situação e negando a possibilidade de serem vítimas de tal ocorrência.

A propagação das campanhas de conscientização devem ampliar seus horizontes e dar atenção maior para as mídias sociais. Intervenções através dos veículos de rádio e televisão não surtem efeito nos jovens da atualidade. Eles cresceram pautando todo o seu estruturamento e conhecimento nas informações obtidas pela internet, e mais particularmente nas diversas redes sociais. Uma campanha para reter este recente crescimento de casos de contaminação passa obrigatoriamente pela adesão aos novos modelos de mídia. Ocorre que a máquina governamental, devido a sua complexa estrutura burocrática, encontra enorme dificuldades em lidar com a pluralidade e liquidez de meios, empresas e pessoas que compõem este moderno mundo virtual.

Aliando-se à máquina governamental, que luta para fugir de seu avançado grau de realidade obsoleta, temos a fragilidade da área da saúde, onde vagarosamente vemos avanços significativos nos serviços ao grande público. Não é comum vermos novos hospitais e centros médicos sendo inaugurados. Os planos de saúde tornam-se cada vez mais inacessíveis. E para um jovem, se não tiver a cobertura da família ou de uma empresa, jamais fará qualquer espécie de exame ou acompanhamento preventivo através de uma rede de médicos e especialistas. Irá viver aos Deus dará, pois geralmente não têm dinheiro, mas têm saúde para dar e vender.

Autor: Arnold Gonçalves


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