Sempre a mesma correria, fila no shopping, lista de papai noel e um monte de gente dirigindo.
Não tem nada no mundo pior que trânsito em festa de fim de ano. Todo mundo resolve que andar a pé pode prejudicar a saúde e o tempo que levou um ano para passar, está passando.
Com isso, pegamos nosso automóvel e promovemos a verdadeira balburdia nas ruas das grandes capitais, correndo atrás de crianças, presentes, parentes, festas etc..
Numa dessas situações de indubitável estresse fiquei pensando a limitada vida do homem do século XXI.
Ficamos o dia todo no trabalho e quando casamos temos que correr pra casa, muitas vezes dispensando as sagradas últimas rodadas.
Cuidamos da casa junto com a mulher em nome da libertação do sexo frágil e das rachadas de conta no final do mês.
Seu filho que vive no vídeo game torce para outro time e geralmente sua filha lhe chama pelo nome.
No serviço demos a sorte de virar utensílio do escritório e nos esqueceram de incluir na lista de dispensa do final do ano.
E, depois de tudo isso, nos socorre as compras de final de ano. Presentes, comidas, bebidas, roupas para a virada (chega de azar, use uma roupa laranja para o próximo ano ficar mais colorido) e a indispensável fantasia de papai noel.
Se não bastasse toda a labuta anual, sem papai noel no Natal já era.
Meu primo já dizia: Melhor ir a missa ao domingo que ficar ouvindo a patroa a semana inteira falando que você vai pro inferno.
Com isso, fechamos o ano engarrafados e com um gorro vermelho na cabeça.
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