Endereço: Terreiro D. João V - Mafra, Portugal - 2640-492
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Horário de atendimento: 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras - 09:30 às 13:30h e das 14:00h às 16:00h.
A Biblioteca Monástico-Real do Palácio Nacional de Mafra é uma das mais importantes bibliotecas europeias, com um valioso acervo de c. de 36.000 volumes, um “ex libris” da ilustração esclarecida do séc. XVIII.
De destacar algumas obras raras como a colecção de incunábulos (obras impressas até 1500) ou a famosa “Crónica de Nuremberga” (1493), bem como diversas Bíblias ou a primeira Enciclopédia (conhecida como de Diderot et D’Alembert), os Livros de Horas iluminados do Séc. XV e ainda um importante núcleo de partituras musicais de autores portugueses e estrangeiros, como Marcos Portugal, J. de Sousa, João José Baldi, entre outros, especialmente escritas para o conjunto dos seis órgãos históricos da Basílica.
Embora seja uma Biblioteca Real, fruível pelos membros da corte, dos estudos e da comunidade religiosa, a instalação ocorre sob orientação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Em 1771 deu-se início à construção das estantes, desenhadas por Manuel Caetano de Sousa (1738-1802), arquitecto da Casa Real, tendo as mesmas sido executadas entre 1773 e 1776. A partir de 1792, fizeram-se alguns acabamentos e a transferência de livros, mesmo com as estantes inacabadas, sem os douramentos, marmoreados e os medalhões com os bustos de escritores, conforme adequado à sua tipologia.
A biblioteca encontra-se instalada ao nível do palácio real e na sequência dos aposentos privados dos infantes e das infantas de Portugal. Desenvolve-se num grande salão de forma crucífera, ocupando uma área de 943 m2 e medindo 83,60 m de comprimento por 9,24 m de largo (que nos braços, a meio da sala, são de cerca de 18,48m). Tem de altura, até ao centro das abóbadas, com 11,88 m e, a meio, dispõe de uma cúpula elíptica elevada a 13 m do pavimento. Nesta encontra-se esculpido um grande medalhão com um sol com uma face humana, uma alegoria ao conhecimento e à sabedoria, no contexto emergente do iluminismo.
Actualmente a Biblioteca continua a seguir a organização de Frei João de Santana, que catalogou os livros em 1809. Estes dispõem-se hierarquicamente na Biblioteca e nas estantes, desde os textos sagrados (a norte), como as Bíblias, vidas de santos, matérias de religião, doutrina e de direito canónico; até às obras “profanas” (a sul: ciências exactas, ciências humanas, artes liberais, história, geografia, direito, entre outras); passando pelas obras clássicas, periódicos, dicionários e obras de referência, que se encontram no “equador” da Biblioteca, entre estes dois “hemisférios”. Conta, ainda, com um importante número de livros raros, Livros de Horas renascentistas e uma coleção de Livros Proibidos pelo Index, conservados na Biblioteca de Mafra sob especial autorização papal através da Bula de Bento XIV, de 1745.
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