Carlos Drummond de Andrade

Poeta, contista e cronista mineiro (1902-1987). Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura latino-americana. Nasce e passa a infância numa fazenda em Itabira. Estuda em Belo Horizonte e em Nova Friburgo (RJ). Forma-se em Farmácia (1925) em Ouro Preto, mas não exerce a profissão. Volta a Belo Horizonte, onde freqüenta as rodas de escritores. Integra o grupo que funda A Revista, publicação literária de tendência nacionalista que se torna o veículo mais importante do modernismo mineiro. Em 1926, entra para o jornalismo no Diário de Minas. Lança o primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930 e, quatro anos depois, assume a chefia de gabinete do Ministério da Educação no Rio de Janeiro. Permanece no serviço público até a aposentadoria. Ligado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) no início dos anos 40, escreve poesias de fundo social, como Sentimento do Mundo (1940) e A Rosa do Povo (1945). Mas a indignação pelas desigualdades sociais não lhe tira o profundo lirismo, o senso de humor e a emoção contida. A partir de Claro Enigma (1951), volta a registrar o vazio da vida humana e o absurdo do mundo. Em 1954 passa a escrever crônicas no Correio da Manhã e, em 1969, no Jornal do Brasil. Entre suas obras estão Lição de Coisas (1962), Os Dias Lindos (crônicas, 1978) e Boca de Luar (crônicas 1984).