Elegia 1938 ( publicado em 1940 )

"Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
(...) Sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome (...)
Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas
e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio (...)
Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
(...) Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego
e a injusta distribuição porque não podes,
sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan".