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Nasceu em Itabira do Mato Dentro, no interior de Minas Gerais, a 31 de outubro de 1902. Após os estudos primários em sua cidade natal, em Belo Horizonte matricula-se no ginásio, mas decorridos seis meses regressa a Itabira e de lá segue para o Rio de Janeiro, onde é internado no Colégio Anchieta. Expulso dois anos depois, por "insubordinação mental", vai para Belo horizonte e entra a colaborar na imprensa, ao mesmo tempo que faz o curso de Farmácia. Trava amizade com João Alphonsus, Pedro Nava, Aníbal Machado e outros. Conhece Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ribeiro Couto, Tarsila do Amaral. Diplomado, volta Itabira (1926), a lecionar Português e Geografia algum tempo. De novo em Belo Horizonte, vai trabalhar no Diário de Minas e no funcionalismo público. Em 1930, estréia em livro com Alguma Poesia, e quatro anos mais tarde está no Rio de Janeiro, como oficial de gabinete do Ministro da Educação, de onde sai (1945) para chefiar a secção de História da Divisão de Estudos e Tombamento da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacinal, cargo em que se aposenta em 1962. Faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1987. Publicou, além do volume referido, poesia: Brejo das Almas (1934), Sentimento do Mundo (1940), Poesias (que reúne os anteriores mais Novos Poemas, 1948), A Mesa (1951), Claro Enigma (1951), Viola de Bolso (1952), Fazendeiro do Ar & Poesia Até Agora (que reúne os anteriores, menos Viola de Bolso, e mais Fazendeiro do Ar, 1953), Poemas (que reproduz o anterior mais A Vida Passada a Limpo, 1959), Lição de Coisas (1962), Versiprosa (1967), Boitempo (1968), A Falta que Ama (1968), Menino Antigo (1973), Discurso de Primavera e Algumas Sombras (1977), Esquecer para Lembrar (1978), A Paixão Medida (1980), Corpo (1984), Amar se aprende amando (1985); conto: O Gerente (1945), contos de Aprendiz (1951), 70 Historinhas (1978), Contos Plausíveis (1981); crônica: Confissões de Minas (1944), Passeios na Ilha (1952), Fala, Amendoeira (1957), Cadeira de Balanço (1966), Os Dias Lindos (1977);. Diário: O Observador no Escritório (1985); entrevistas: Tempo vida Poesia (1986). Não obstante a relevância indiscutível de sua prosa de ficção e de suas crônicas, o renome de Carlos Drummond de Andrade deve-se à poesia, das mais límpidas e altas de quantas produziu o Modernismo. |