Escreveu uma obra importantíssima enfocando a vida dos silvícolas cearenses

Franklin Távora, um grande escritor cearense que escreveu uma obra importantíssima enfocando a vida dos índios brasileiros, e principalmente os silvícolas cearenses. Em sua obra “Os índios do Jaguaribe” ele conta detalhes e nuanças sobre os índios da região jaguaribana no hinterland cearense. Franklin Távora (João F. da Silveira T.), advogado, jornalista, político, romancista, teatrólogo, nasceu em Baturité, CE, em 13 de janeiro de 1842, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de agosto de 1888. É o patrono da Cadeira n. 14, por escolha do fundador Clóvis Beviláqua. Franklin Távora migrou muito cedo para a cidade de Recife no vizinho estado de Pernambuco. Na segunda metade do século XIX, Franklin Távora sabe aproveitar-se da crise do Romantismo, inaugurando, na literatura e no pensamento brasileiros, novos caminhos em direção ao Realismo e ao Naturalismo.
Cumprindo esse movimento, ele encontra as contradições de quem vive uma época de transição. As obras de Franklin se dividem em duas etapas: as de recife e as cariocas (Rio de Janeiro). Na segunda metade do século XIX, Franklin Távora sabe aproveitar-se da crise do Romantismo, inaugurando, na literatura e no pensamento brasileiros, novos caminhos em direção ao Realismo e ao Naturalismo. Cumprindo esse movimento, ele encontra as contradições de quem vive uma época de transição. Na fase literária recifense eatão as seguintes obras: Trindade maldita (contos, 1861); Os índios do Jaguaribe (romance, 1862); A casa de palha (romance, 1866); Um casamento no arrabalde (romance, 1869); Um mistério de família (drama, 1862) e Três lágrimas (drama, 1870). Existe em discussão de quem foi o primeira escritor indianista do Brasil.
A maioria afirma ter sido José de Alencar com o lançamento do livro Iracema. Três anos antes de Alencar lançar Iracema, Franklin Távora teria presenteado o conterrâneo com um volume do livro, Os índios do Jaguaribe, e José de Alencar teria dito que aquele livro ainda teria que ser bastante descascado. Por esse motivo, muitos estudiosos afirmam que Franklin Távora foi o primeiro romancista indianista do Brasil. “Por um lado, privilegiando uma observação direta da realidade, ele abdica do privilégio da sonhadora imaginação romântica para o processo criador”. Nesse sentido, ele incorpora a técnica cientificista como propiciadora de novas conquistas para a manifestação das percepções do mundo e sonhará com uma sociedade industrializada que venha transformar a natureza tão celebrada pelos românticos em uma onda progressista de novas tecnologias.
Por outro lado, ele será o primeiro a dar voz teórica e prática a um regionalismo que vê no Nordeste e no Norte do Brasil, supostamente mais puro do que o Sul e o Sudeste, a possibilidade de alcançar uma literatura eminentemente nacional. Com essa vidência, ele inaugura, precocemente, um movimento que, com Gilberto Freyre e muitos autores da geração de 30, terá toda a sua força. “João Franklin da Silveira Távora nasceu em Baturité, CE, em 1842 e morreu em 1888 no Rio de Janeiro”. Nas obras publicadas quando se mudou para o Rio de Janeiro podemos destacar as seguintes: “Cartas de Semprônio a Cincinato” (crítica, 1871); O Cabeleira (romance 1876); Considerado um dos melhores livros feito pelo propio; O matuto (crônica 1878); Lourenço (romance 1878); Lendas e tradições do norte (folclore, 1878); O sacrifício (romance 1879).
Os livros de franklin Távora fizeram tanto sucesso que alguns já desapareceram do mercado. Índios do Jaguaribe é um deles. As editoras brasileiras deveriam voltar suas vistas para as obras desse grande cearense que se destacou em recife, no Rio de Janeiro e no Brasil inteiro. Completando a sua biografia queríamos citar novamente algumas nuanças sobre Franklin. João Franklin da Silveira Távora, nasceu na cidade interiorana e serrana de (Baturité, 13 de janeiro de 1842 — Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1888) foi um advogado, jornalista, político, romancista e teatrólogo brasileiro. Já pelos meados de 1884 transferiu-se com os pais para Pernambuco.
Fez preparatórios em Goiana e Recife, em cuja Faculdade de Direito matriculou-se em 1859, formando-se em 1863. Lá viveu até 1874, tendo sido funcionário público, deputado provincial e advogado, com breve intervalo em 1873 no Pará, como secretário de governo. Em 1874, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi funcionário da Secretaria do Império. Vejam como é bastante rica e com muitos detalhes a vida desses escritor e romancista cearense.
Iniciou o romantismo de caráter regionalista no Nordeste. Uma de suas obras mais marcantes é O Cabeleira, romance passado em Pernambuco do século XVIII. Foi crítico ferrenho de outros grandes autores brasileiros, como José de Alencar. Essa briga se deu pelas afirmou de José de Alencar que estão nas entrelinhas desta matéria. Pelo seu grande valor literário foi justamente homenageado pela Academia Brasileira de Letras, é o patrono da cadeira de número 14, escolhido por Clóvis Beviláqua, outro cearense que se destacou nas ciências jurícas.
Antonio Paiva Rodrigues - Membro da ACI-ALOMERCE E AOUVIR/CE
Fonte: www.supertextos.com