CARLOS MARTINS PENA nasceu em 5 novembro de 1815 no Rio de Janeiro e faleceu em 7 de dezembro de 1848 em Lisboa. Estudou comércio e artes, seguindo os cursos de pintura e música para o que tinha revelado grande gosto. Dedicou-se depois às línguas européias, conseguindo grande facilidade no manejo delas.
Assim, entrou para a carreira diplomática, chegando a adido de Primeira classe na legação de Londres. Viveu apenas 33 anos e tudo o que escreveu foi teatro. Deixou de parte a literatura para ser mero observador dos costumes sociais do Rio de Janeiro. As suas peças tratam dos assuntos caseiros, das pequeninas intrigas domésticas e por isto mesmo foi tão do agrado do público. Ainda hoje algumas de suas comédias são representadas. Martins Pena é considerado um dos maiores precursores do romantismo, no Brasil.
Suas obras mais importantes foram: "0 Juiz de paz na roça", "0 Judas em sábado de Aleluia"; "Os Irmãos das Almas"; "Os Dois ou 0 Inglês maquinista"; "0 Diletante"; "Os Namorados ou a Noite de S. João"; "Os Três Médicos", "0 Cigano"; "0 Noviço"; "Witiza, ou o Nero de Espanha"; "Bolingroque e Cia" ou "As Casadas Solteiras"; "0 Caixeiro da Taverna"; "Quem casa, quer casa"; "Os Meirinhos"; "Os ciúmes de um pedestre"; "As desgraças de uma criancinha"; "0 terrível Capitão do Mato"; "0 Segredo d'Estado"; "A barriga do meu tio"; "D. Leonor Telles" e o romance histórico "Duguay Trouin".
Martins Pena foi o nosso, grande dramaturgo do Romantismo. Introduziu nas suas peças a realidade da vida cotidiana, sobretudo as intrigas e os costumes do meio carioca. No seu teatro há um grande arejamento moderno: a tese desaparece para dar lugar à anedota de costumes, e os seus personagens sem doutrinarem à velha maneira clássica, com profundeza de reflexão, de crítica, ou com intenções reformatórias da sociedade, encarnam figuras vulgares, tiradas do meio que bem representam, sendo esta só a sua mais assinalada característica.
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