Análise do Poema: “Bóiam leves, desatentos”

1. Encontra os elementos que sugerem indefinição e estagnação, que provocam o tédio e o cansaço de viver.
- Bóiam, desatentos, sono, corpo morto, folhas mortas, águas paradas, tédio...

1.1. Mostra como são importantes para a definição do estado de espírito do Poeta.
- Conotam claramente o estado de indefinição e estagnação do poeta: estagnação exterior = estagnação interior.

2. Observa que há uma progressão na construção metafórica: da comparação passa-se à metáfora. Justifica essa progressão.
- Para explicitar o tema.

3. Há dois gerúndios e dois oximoros. Transcreve os versos onde se encontram.
- Versos 8 e 9.

3.1. Explicita o seu sentido.
- Impossibilidade de sair do estado de estagnação.

4. O verso 12 é o verso-chave. Explica o seu sentido.
- Fatalismo de não ser o que pretendeu ser.

5. Indica o tema do texto.
- Tédio, absurdo.

5.1. Mostra como está desenvolvido.
- Em dois momentos: 1ª as estrofes 1 e 2, onde se exprime o estado psicológico do “eu”; 2ª a estrofe 3, onde se justifica esse mesmo estado.


Marcas de subjectividade/ objectividade na expressão lírica do “eu”:
- presença do “eu” na primeira pessoa pronominal e verbal;
- objectivação dos “pensamentos” como sujeito de 3ª pessoa;
- visualização do mundo subjectivo dos sentimentos (“mágoa”, “tédio”), exteriorizado pelas imagens;
- desdobramento do “eu” em sujeito e objecto (“Não sei”.../ coisas... pós...);
- reificação do mundo interior (“são coisas”)

Marcas características da poesia ortónima:
- os elementos aquáticos da simbólica pessoana;
- o cruzamento do sentir e do pensar;
- o oxímoro;
- a simplicidade formal;
- a sugestão poética simbolista.

Fonte: storamjoao.blogspot.com