Jubiabá

É um romance algo tosco, narrando a vida de Antonio, Balduíno (Baldo), órfão do morro, depois cria de casa abastada e, sucessivamente, vadio, lutador de boxe, trabalhador rural, atleta de circo, afinal operário. Os vários episódios, ligados pela figura central, vão mostrando o povo colorido da Bahia, destacando-se personagens pitorescos, como o pai de santo Jubiabá, velho quase centenário, que encarna a alma da sua raça e protege Antônio Balduíno. Este nutre a vida toda uma fixação amorosa pela filha dos benfeitores, Lindinalva, que a deixa ainda adolescente e reencontra, muitos anos mais tarde, na maior degradação, depois de seduzida pelo advogado Barreiras, Balduíno assiste à morte e adota o seu filho. A intenção central do livro, além da visão romanesca da vida popular, é sugerir o lento amadurecimento do protagonista, rumo à consciência política. É um romance característico do "realismo socialista", com alguns ingredientes sensuais e apimentados do cenário baiano.