Doce lembrança

Por: Carlos Borges

Foi numa tarde,
eu bem me lembro...

O sol brando,
as nuvens esparsas no céu como em mês de setembro,
De súbito me apareceu;
Brilhava o olhar,
cabelos entrelaçados sobre as costas,
sorriso cintilante,
estavas partindo.

E que esperança me daria?

A esperança de em breve voltar?

A esperança de me fazer feliz?

Fito meus olhos nos teus olhos,
ligo meu pensamento no seu;
Dá-me um beijo e lá se vai deixando em mim a marca da saudade;
Fico fitando apenas o céu.

O carro parte,
e sufocado pelo ronco do motor meu coração dispara,
se reprime no peito.

Uma mistura de saudade alimenta a realidade.

Quem sabe a realidade disfarçada pelo sentimento abraçam o meu ser.

Até o sol parece se conter abafado pelas nuvens para não me ver chorar.

Em minha vida também se vai o sol que a alumia;
Quando voltarás meu sol!?

Não deixe que as nuvens da distância ocultem o nosso amor e sufoque o nosso coração!

O amor é maior que a distância,
ela não o pode destruir;
Mais elevado que o céu,
ela não pode ultrapassar;
mais imenso que o mar,
e mais que tudo é que te amo.


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