Equivalência e Transformação da Estrutura

Quando se fala em equivalência, é provável que se esteja referindo a uma transposição, com a menor perda possível de conteúdo, de uma língua para outra, ou de um meio de comunicação para outro. É comum necessitarmos fazer transposições de textos do inglês para o português, e principalmente aqueles técnicos apresentam diversas dificuldades ao serem traduzidos devido a carência de termos na língua portuguesa que abranjam estas novas ideias. Cabe aí a necessidade de estabelecer equivalências entre as duas línguas de forma a haver algum tipo de padronização de significado. Situação semelhante ocorre quando da migração de um texto escrito em papel, para um meio digital como o celular. Há uma redução de tempo e espaço, e o texto extenso do papel não pode ser simplesmente transposto para a nova mídia. Há, necessariamente, um processo de adaptação e a busca da equivalência é fundamental para que não se perca o sentido original do texto.
O estudo da equivalência tona-se então um requisito básico e de extrema importância para o desenvolvimento de nossa língua portuguesa em meio ao surgimento incessante de novas mídias e a necessidade de interação cada vez mais perfeita e fiel ao significado das demais línguas devido ao norte globalizado em que todos nós estamos seguindo.
O estudo a respeito de equivalência e transformação de estruturas recebeu adeptos após se tornam item de conhecimento para alguns concursos públicos. Ao ser mencionado no “Manual de redação da presidência da república” ganhou destaque e a procura pelo conhecimento deste assunto pouco abordado pelas gramáticas tradicionais cresceu exponencialmente a sua carência de informações. Segue um exemplo extraído deste manual, em sua 2ª edição, datada de 2002:
Errado: O projeto tem mais de cem páginas e muita complexidade.
Aqui repete-se a equivalência gramatical indevida: estão em coordenação, no mesmo nível sintático, o número de páginas do projeto (um dado objetivo, quantificável) e uma avaliação sobre ele (subjetiva). Pode-se reescrever a frase de duas formas: ou faz-se nova oração com o acréscimo do verbo ser, rompendo, assim, o desajeitado paralelo:
Certo: O projeto tem mais de cem páginas e é muito complexo.
Ou se dá forma paralela harmoniosa transformando a primeira oração também em uma avaliação subjetiva:
Certo: O projeto é muito extenso e complexo.

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