Razões para escrever

Expressar as emoções: A escrita é um meio pelo qual podemos extravasar nossos mais profundos sentimentos. Não necessariamente escrevemos para que outras pessoas leiam, e desta forma age como uma alternativa terapeutica. E quando, em algum momento que encontrarmos a quem confiar entregar nossos escritos para leitura, será quase sempre de grande alegria. Por fim, é uma invenção capaz de imortalizar o que pensamos, e que através da fala não conseguimos registrar.

Estimular o autoconhecimento: A escrita não consegue acompanhar a rapidez do pensamento. Ao escrevermos, necessitamos fazer uma reflexão maior sobre o que iremos escrever. Manter um diário, por exemplo, é uma forma de registrar, minimamente, como estamos nos sentindo no momento. O ato de escrever obriga a uma grande meditação para obter o essencial, e, ao revisitar as anotações, a reflexão ganha maiores contornos ao perceber-mos as transformações pelas quais passamos, levando-nos a aprender mais sobre nós mesmos.

Relaxar a mente e o corpo: A escrita pode se tornar um contraponto ao dia a dia agitado, cheio de deveres e obrigações. Quando feita com prazer, pode diminuir o estresse, gerar bem estar e promover a melhora da saúde mental, e mesmo corporal, Quando entendemos ter escrito um bom texto nos sentimos realizados e, quanto mais conseguimos nos reconhecer no resultado, percebemos que aquilo foi criado através da nossa expressividade, e o resultado é que cada vez mais felizes e tranquilos ficamos.

Aguçar a criatividade: Desenvolver uma história de ficção é um exercício e tanto: com a escrita, somos convidados a criar, pensar em enredos, fantasiar. Engana-se quem acha que a criatividade é um dom. Para adquiri-la é necessário prática. Quanto mais exercitar a criação pela escrita, mais você trabalhará sua habilidade de inovar. Comece por estruturas de texto mais curtas, como: reflexões, receitas de bolos, poesias, crônicas, contos... A aliança entre prazer e escrita resultará em criação.

Aprender a organizar-se: A escrita manual, e mesmo a digitação, estimulam o planejamento do espaço a ser utilizado, do conteúdo, e da apresentação do que será escrito. O escritor terá que definir todos estes componentes, e para tanto é necessário senso de origanização. Quanto mais complexo forem os componentes, maior capacidade de organização será necessária. Um texto longo, o conteúdo amplo, uma apresentação burilada... Quanto mais, maior será o desafio e a organização é a principal ferramenta, inclusive para a nossa própria vida.

Estimular a coordenação: Tanto a escrita digitada quanto a manual estimulam a coordenação motora e a motricidade fina. Neste quisito, o ideal é praticar as duas formas de escrita, pois exploram setores diferentes de nosso corpo e mente. É fato que a escrita manual exercita com maior fluidez os movimentos mais precisos. Particularmente, a escrita cursiva trabalha componentes motores ainda mais exigentes. Cada pessoa possui sua própria grafia, desenvolvida pela prática. Isso se refletirá em outras áreas do viver.

Controlar impulsos: Quando escrevemos, nossos sentidos são estimulados, e para que haja um resultado satisfátorio temos que nos conter. Filtrar pensamentos, cadenciar a escrita, interromper a digitação, reler, analisar, recomeçar. Percebemos a textura do papel, a maciez da escrita da caneta, a força aplicada, o desenho geral do texto no editor, acentuações, erros de digitação, etc. Esse conjunto delicado nos obriga a conter a impulsão. Na vida não nos permitimos parar para analisar sobre o que estamos fazendo.

Exercitar o cérebro: A escrita transforma nossos pensamentos, que são chamados de imagens mentais, em símbolos e essa decodificação ativa grande parte do cérebro. As maiores beneficiadas por esse estímulo são as habilidades cognitivas, entre elas a memória. Fazer esquemas, como os mapas mentais, em que conceitos-chave são apresentados em poucas palavras e, então, interligados, ajuda a direcionar a atenção para as informações que precisam ser guardadas. Isso transpassa em muito a escrita e aguça o bem viver.

Identificar a própria personalidade: Quando escrevemos, projetamos nossa personalidade, mesmo que de forma inconsciente. Na grafologia, pelo formato das letras, pelo aspecto geral da escrita, tamanho, largura, inclinação e espaçamentos; é possível inferir características pessoais, como se a pessoa é mais detalhista ou apressada. O habito de escrever parece transformar, ou refletir, aos poucos as mudanças de personalidade. Estas mudanças ocorrem talvez pelo fato de que quem escreve lê, e este conjunto leva à evolução.

Aumentar a confiança em si mesmo: Bem, quem é capaz de expressar suas próprias emoções; estar certo de conhecer-se o suficiente; saber relaxar após momentos de grande pressão; ter constantemente novas ideias sobre muitos assuntos; organizar o cotidiano diário de trabalhos e obrigações; ter equilibrio e um bom complexo físico; não deixar-se dominar pelos impulsos; raciocinar antes de começar a fazer; identificar os pontos fortes e fracos de sua personalidade. Certamente será uma pessoa cheia de confiança em si mesma.

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