Como surge o positivismo?
Surge como subdivisão do iluminismo, associado à revolução industrial e ascenção burguesa. Livros de Comte, servem de base para o positivismo: Curso de Filosofia Positiva, em seis volumes (1830-1842), Discurso preliminar sobre o espírito positivo (1844) e Sistema de política positiva ou tratado de sociologia instituindo a religião da humanidade, em quatro volumes (1851-1854). Nas duas primeiras obras Comte estabelece a coordenação científica de sua filosofia, com o objetivo de descobrir e demonstrar as leis do progresso. Na terceira desenvolve e tira as conseqüências das leis sociais estabelecidas nas primeiras, e define o sistema político-religioso destinado a reformar a sociedade. O positivismo pasas a dominar o pensamento típico do século XIX, como método e como doutrina. Era uma fase da história onde as famílias da realeza vinham cedendo o poder para as famílias burguesas, e o positivismo vinha para expor e justificar de maneira sistematizada a confiança da burguesia em seu próprio impulso transformador de estruturas.
Qual a definição de positivismo?
Humanidade, ciência, síntese e fé constituem a essência do pensamento positivista. Como método, é embasado na certeza rigorosa dos fatos de experiência como fundamento da construção teórica; como doutrina, apresentando-se. como revelação da própria ciência, ou seja, não apenas regra por meio da qual a ciência chega a descobrir e prever, mas conteúdo natural de ordem geral que ela mostra junto com os fatos particulares, como caráter universal da realidade, como significado geral da mecânica e da dinâmica do universo. Para se reformar a sociedade faz-se necessário descobrir as leis que regem os fatos sociais, cuidando-se de afastar as concepções abstratas e as especulações metafísicas, que são estéreis. É uma filosofia determinista que professa, de um lado, o experimentalismo sistemático e, de outro, considera anticientífico todo estudo das causas finais. Assim, admite que o espírito humano é capaz de atingir verdades positivas ou da ordem experimental, mas não resolve as questões metafísicas, não verificadas pela observação e pela experiência.
Qual a importância do positivismo?
As instituições do Estado liberal, como o sufrágio universal, o sistema de partidos políticos, a divisão dos poderes do Estado, as liberdades públicas, as garantias individuais, assim como o próprio conceito de democracia atuais são frutos, em grande parte, resultantes do positivismo do século XIX. Sua associação do positivismo ao mundo atual em que vivemos se dá pelo emprego exclusivo do método empírico, ou da verificação experimental, em detrimento das noções metafisicas, consideradas inacessiveis. No Brasil, atribui-se o lema “Ordem e Progresso” à influência positivista, assim como parte do próprio movimento republicano. Ao positivismo se deve, entre outras coisas, a reestruturação do ensino, separação entre Igreja e Estado, liberdade de cultos, desaquecimento da indústria escravocrata, e da semente da legislação trabalhista.
Nomes importantes para estudar o positivismo?
Fundador do positivismo: Isidare-Auguste-Marie-Xavier Comte, Nascido em Montpellier em 19 de janeiro de 1798, e falecido em 5 de setembro de 1857, em Paris. As bases filosóficas foram as doutrinas sociais de Conde de Saint-Simon, combinadas com os trabalhos de ideólogos como Immanuel Kant, Pierre-Jean-Georges Cabanis, Franz Joseph Gall, François Xavier Bichat e François Joseph Victor Broussais. O método vem dos filósofos ingleses: Francis Bacon, David Hume e outros. A forma de Leucipo de Abdera, Demócrito de Abdera. Epicuro de Samos, John Locke, Étienne Bonnot de Condillac. Positivistas: John Stuart Mill, Hippolyte Adolphe Taine e Émile Littré.
Inspirado no livro “O que é positivismo” - Autor: João Ribeiro – Editora Brasiliense - Compre e leia o livro. Vale a pena.
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