A crônica tem por finalidade principal ao destinatário, refletir sobre o acontecido. Desta finalidade resulta a visão subjetiva do cronista sobre o universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se invariavelmente na primeira pessoa. Poeta do quotidiano, como alguém apelidou o cronista dos nossos dias, apresenta um discurso que se move entre a reportagem e a literatura, entre o oral e o literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos e a força da imaginação. Diálogo e monólogo; diálogo com o leitor, monólogo com o sujeito da enunciação. A subjetividade percorre todo o discurso. A crônica não morre depressa, como acontece com a notícia, mas morre, e aqui se afasta irremediavelmente do texto literário, embora se vista, por vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a ambigüidade, a antítese, a conotação, etc. A sua estrutura assemelha-se à de um conto, apresentando uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.
Argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado. Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa Ideia e convencer o leitor de que essa é a correta.
Concluindo esta analise, podemos entender que a crônica argumentativa é um estilo de crônica. A crônica é algo mais abrangente, nem sempre o autor está interessado em convencer o leitor de algo, muitas vezes quer demonstrar um acontecimento. Porém, mesmo que inconscientemente, o autor normalmente passa o seu conceito de realidade através de seu texto, e isso por si só, já é uma forma de argumentação.
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