Características gerais da sociedade:
a) Subjetivismo e Individualismo - glorificação do que é particular e íntimo, dos sentimentos.
b) Patriarcalismo - a família (homem, mulher e filhos) é o núcleo da sociedade burguesa, cujo poder está centrado na figura do pai. Os enredos giram basicamente em torno dela, de suas relações, seus costumes e seus desejos.
c) Eurocentrismo - a europa ocidental, como grande potência mundial, espalha sua visão de mundo e acreditando na soberania dos países e no modo de pensar europeu. As consequencias causadas pelo choque cultural dos europeus com outras sociedades criou uma série de estereótipos a respeito desses povos "bárbaros" e a ideia de que o pensamento europeu seria civilizador.
d) Nacionalismo - com o desenvolvimento de uma burguesia mercantil, os reinos europeus foram se dissolvendo e desenvolvendo, inicialmente, uma ideia de organização política e cultural autônoma. Nas colônias, o sentimento de nacionalidade surgiu como reação à política mercantil restritiva das metrópoles e do desejo de liberdade econômica e política.
Características detalhadas (Inglaterra/Londres e França/Paris):
Até a segunda década do século XIX, as mulheres usavam pouquíssimas roupas, algo parecido com uma camisola longa, leve e com cintura império (abaixo do peito).
O movimento romântico tem esse nome porque arte, literatura e música do período focavam em emoções e sentimentos com o início das novelas e dos poetas românticos. Precisamos lembrar que a literatura era a televisão da época e exercia grande influência. O início dessa onda romântica foi devido à uma apresentação da peça de Alexandre Dumas “Henry III e as cour”. Nasceu aí uma febre historicista na população, um revival medieval e subitamente o estilo Renascentista da Idade Média tornou-se moda. Em alguns meses Paris encheu-se de moças de saias compridas com caudas e de jovens cavaleiros vestidos de calças justas.
O teatro e a literatura, se alimentavam de histórias de fantasmas, seres mitológicos e heróis. Era muito requintado corresponder-se com bilhetinhos escritos em francês arcaico, com palavras raras, expressões como: “Por Belzebú!! ” “Pelos chifres de Auroch” e referências à terra e inferno.
As moças sonhavam em ser donzelas, ladies ou rainhas. Deviam ser frágeis e distantes, já que a Idade Média era o tempo do amor de cortes e isso deveria ser relembrado. A mulher deveria ser delicada e decorativa. A cintura deveria ser minúscula. Tudo era feito para proporcionar a mulher, a aparência de ter saído de um mundo encantado, como de fantasias ou lendas. Queriam ser morenas ardentes, ou, ao contrário, transparentes, diáfanas, com uma palidez cadavérica, de uma fragilidade ideal, com cintura de vespa, pescoço de cisne e grandes olhos desbotados. Ter saúde de ferro era vulgar, o ideal era uma “palidez interessante”. Quando não possuiam estas qualidades bebiam litros de vinagre e comiam dúzias de limões para obter uma tez pálida e doentia. Espremiam as curvas em espartilhos e deixavam de comer, apenas beliscavam, prendiam suas bochechas com os dentes para cavá-las artificialmente.
Os rapazes queriam ser corsários, cavaleiros, cruzados. Usavam uma cabeleira e barbas dignas de reis. Sonhavam em morar num local escuro como uma cripta, com acústica de catedral. Todos queriam seu castelo. O olhar selvagem porém apaixonado, parecer fatal, sombrio, maldito, esmagado sob o peso de um destino abominável, devorado pelas paixões e pelo remorso, desiludido, perverso, obcecado pelos poderes do mal e da noite.
No mobiliário e na arquitetura, reproduções de castelos eram comuns, as janelas eram em arcos e com vitrais, tudo com muita influência da Idade Média, como uma fuga nostálgica à um passado ou a um universo imaginário.
Esta situação exagerada perdurou até no máximo 1840. Deixando um rastro de mudanças em diversas áreas da sociedade. Por exemplo, o romantismo fez nascer o conceito de adolescente. Pois até então ou se era criança, ou se era adulto. A adolescencia passou a ser vista como um período problemático e cheio de revolta contra o qual todo jovem deve passar. Os românticos eram, provavelmente, em sua maioria jovens adolescentes. É pelo romantismo que entendemos os movimentos de estilo que se estruturaram como movimentos de juventude e que hoje reconhecemos como tribos urbanas. E o romantismo teve em Baudelaire um dos herdeiros literários e atualmente, a subcultura gótica, é a maior fonte de interpretações do fenômeno da moda romântica.
Fontes:
www.soliteratura.com.br
www.gothicstation.com.br
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