Sou a soma de tudo o que faço. O acumulo de todas as experiências, minhas, e de quem me rodeia. Sou o pensamento que discerne o que é bom e o que é ruim. Sou a coragem que me faz agir e decidir. Sou a sensibilidade que me faz amar e apreciar. Sou o hábito, o repetir de ações e reações.
Julgo impossível definir quem sou eu, afinal, quem somos nós? Apesar de tudo o que a humanidade aprendeu, até hoje ainda não somos humanos. Talvez descubramos quem somos, quando nos tornarmos humanos de verdade.
É certo. Nós mentimos para nós mesmos. Pintamos um quadro com cores inventadas de como somos nós. Na verdade, temos até medo do que somos capazes de fazer se aflorar nosso mais íntimo eu. Podemos sofrer e fazer sofrer como um psicopata faria, mas temos dificuldade para fazer sorrir e ser feliz numa mesma medida, como Jesus Cristo esperava que faríamos.
Quem sou eu? Com dez anos, com vinte anos, com trinta anos, com quarenta... Não eram a mesma pessoa... Quem sou eu, afinal? Uma essência, uma espécie de pó, um simples sopro...
Autor: Arnold Gonçalves
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