Haverá uma pequena seqüência de atentados, sobretudo nos já castigados Afeganistão, Paquistão e Índia, onde os extremistas encontram mais facilidade de executar suas Ideias pouco inteligentes e que já não surtem mais tanto efeito perante a sociedade. Bin Laden provavelmente será cultuado como herói por alguns grupos, uma espécie de Che Guevara do mundo árabe, um ícone de provocação ao império norte americano. Império este que, se não está em seu apogeu, dominará o mundo por muito tempo ainda; mesmo que surjam outros Bin Ladens ou Che Guevaras. A ideologia capitalista representada pelos norte-americanos é deliciosamente tentadora, como uma porção de batata frita ou uma barra de chocolate, que nos fazem felizes no momento imediato, mas que contribuem em muito para nossos problemas no futuro. É muito difícil resistir ao capitalismo, o mundo que garante aos "bons" o que há de melhor; afinal, todo ser humano é um deus individualista, e assim, todo ser humano se acha o "bom", aquele que merece o paraíso aqui na terra.
Por estar bastante visado pelos norte-americanos, Bin Laden provavelmente já não desempenhava papel relevante nos planos e execuções de terrorismo. Penso que ele também morreu naquele onze de setembro, mas ficou como um fantasma vivo assombrando a Europa e, principalmente, os Estados Unidos. Sendo assim, sua morte pouco muda o mundo na prática, agora ele é um fantasma morto, e continuará assombrando do mesmo jeito. Seus herdeiros de loucura continuarão a batalha com sua foto na cabeceira da cama. Assim que alguém baixar a guarda... Boom! Mais uma bomba, mais um monte de mortos. E a sociedade cada vez mais passará a agir com naturalidade diante desses atentados. Foi assim que aconteceu por toda a história da humanidade, o humano se acostuma, e incorpora como normal as coisas que acontecem em seu cotidiano. Haverá um dia em que os terroristas desistirão desta técnica e inventarão outra, o que eles querem mesmo é causar impacto, aparecer na mídia, ser superstars nas notícias populares. Todos eles sonham um dia serem os "bons".
Autor: Arnold Gonçalves
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