Veja como foi o pedido desta redação e tire suas conclusões: Desejo encontra aprendizagem e opções de aprender em casos de se defender atualmente em meus estudos. Tenho dúvidas em tudo desejo aprender. Deve ser incluído o desejo de ensinar aqueles que ainda não sabe, e desejam aprender.

A realidade humana vem mudando bastante em relação à aprendizagem. Nunca fomos tão independentes dos especialistas como somos agora. Para cada assunto em que nos deparamos com a dúvida, temos a opção de acessar a Internet e consultar quase que infinitos recursos de pesquisa. É verdade que pela grande quantidade de informações, muitas vezes conflitantes, nos percebemos diante de uma grande área de garimpo, onde a pepita de diamante pode estar bem escondida, ou, sob nossos pés e não a vemos.

Apesar de toda essa gama de informação, vejo grande legião de perdidos. Pessoas que acessam a Internet, pesquisam sobre o assunto de que precisam, mas não conseguem extrair o ouro destas pepitas de informação. Vejo assim, que o grande problema do processo educativo brasileiro não é ensinar a escrever corretamente, ou fazer complexos cálculos matemáticos; mas sim, ensinar a entender o que se lê, e além, combinar as informações, falseando-as ou validando-as conforme as situações em questão. Dependendo de como é colocada uma questão, a resposta é uma; mudando-se apenas uma letra no enunciado da questão a resposta será outra. E o resultado das pesquisas na Internet é mestre em nos mostrar isto; para cada frase ou termo que pesquisamos, recebemos resultados inusitados, os quais nem havíamos cogitado.

Parece estranho relacionar pesquisa na Internet com compreensão de texto, mas tem tudo haver. Como que uma pessoa que tem dificuldade em compreender o que lê, irá formular uma questão adequada ao texto para saciar a sua dúvida? Se ela não entendeu direito, não tem como questionar. Não tem dúvida. Por isso é preocupante, e infelizmente rotineiro, aquele constrangedor silêncio ao ecoar a pergunta do professor após o término da explanação: "Alguma pergunta?"; "Alguma dúvida?". Esse mesmo vazio surge diante da tela de busca do Google, e aqueles momentos constrangedores quando percebemos que não sabemos o que escrever para saciar a nossa dúvida, que nem sabemos ao certo qual é. Então escrevemos uma palavra qualquer, e a resposta surge aos milhares e cada uma dizendo uma coisa diferente. E aí percebemos que não há fórmula mágica que nos irá fazer aprender. E entramos em pânico, e "selecionamos" um texto "bonito", e "clicamos" em "copiar", e depois, em "colar", e "salvamos" na memória do computador, mas não na nossa.

Autor: Arnold Gonçalves

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