Inclusão digital; Parece que este movimento está totalmente voltado a dar condições para que as pessoas das camadas menos favorecidas da sociedade também possam ter acesso às redes sociais como o Facebook e Twitter. Acesso a celulares razoáveis, conexão à internet... Mas tudo voltado para o uso de alguns determinados aplicativos, e o que é pior, em nível totalmente usuário. A meu ver, uma inclusão digital de verdade passa pela difusão dos mais variados softwares livres, bem como o ensino de suas aplicações e metodologias de desenvolvimento. Neste sentido, teremos um povo realmente integrado aos meios digitais, criando a possibilidade de novos conhecimentos e até mesmo uma melhor colocação profissional para estas pessoas que normalmente são encaminhadas para os mais duros trabalhos. São tantas tecnologias a serem divulgadas, como redes, construção de sites para a internet, hardware, softwares; Produção textual e de comunicação...
Inclusão racial; O sistema de cotas nasceu em 2003, e não se sabe se está resolvendo o problema da melhor forma esperada. Não adianta separar uma vaga na faculdade, se não houve a menor condição de estudo, desde a mais tenra infância até chegar a esta cadeira preferencial. O problema é mais embaixo; exclusão educacional, desemprego, baixo salário, péssima moradia... Qual família resiste a tanta miséria? A criança precisa crescer num ambiente mais propício ao desenvolvimento. Quem entrou pela cota em 2004 já deve ter se formado a um bom tempo e já está no auge de seu exercício profissional. O governo deveria fazer um acompanhamento destes felizardos que tiveram a sorte de serem os primeiros. Como serão seus filhos? Teoricamente eles terão mais condições do que seus país para desenvolver-se. Com este acompanhamento, o governo criaria condições até de aprimorar todo o processo. Ou será que após a formatura, nenhuma porta de emprego foi aberta?
Inclusão deficiência; Presenciei o processo de contratação de deficientes por várias empresas em que trabalhei. Muito a contragosto, essas empresas criaram as condições físicas necessárias para recepcionar estes novos funcionários. A recepção quase sempre cercada de mal disfarçada desconfiança quanto a real capacidade profissional do recém-contratado. Invariavelmente um sucesso. Excepcionais trabalhadores, alguns deles foram até meus instrutores durante meu início de carreira. A mesma questão da má vontade foi vista quando houve a questão de rebaixamento de calçadas, piso com guia para cegos, acesso à cães guias, cadeira de rodas em ônibus, etc. Hoje, já vemos enormes avanços, como o fim dos orelhões(os cegos que o digam), mas as calçadas... O sistema de cotas para deficientes funcionou, muitos conseguiram bons empregos. Posto tudo isso, penso que a inclusão social está sendo um sucesso que não pode parar. Então, cuidado com quem você vai colocar para governar.
Autor: Arnold Gonçalves
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