A educação formal é caracterizada pela institucionalização do ensino, englobando tanto o segmento público quanto o privado. É marcadamente sistematizada, e suas atividades são delineadas e assistidas por um trabalho sócio pedagógico predefinido como padrão geral. Preocupa-se com a aquisição e construção do conhecimento que atenda as demandas da contemporaneidade, ou seja, busca a preparação dos indivíduos a fim de suprir as necessidades sócio econômicas surgentes, e para isto lança uso das mais diferentes disciplinas escolares, reestruturando-as ou substituindo-as conforme a necessidade e interesse. A sua marca principal é a identificação clara dos atores, professor e aluno. O professor é o agente de ensinamento, e o aluno é o de aprendizado. O espaço físico fixo, rígido e delimitado é outra característica marcante na educação formal atual. Justamente por estes atributos básicos é que a educação formal vem sofrendo duras críticas e há uma tendência de mudança. Tudo isto quer dizer que a educação formal muda vagarosamente e está atrás de seu tempo.
Embora existam diversas escolas profissionalizantes e uma abordagem voltada para a formação técnica no ambiente formal da área educacional, não há sinal de um movimento especifico para a formação de profissionais voltados para a área dos transportes, que, diga-se de passagem, é uma das mais importantes da sociedade moderna. Quando se fala em transporte, a primeira ideia que vem é a de um ônibus ou um trem, quase sempre lotados. Pensa-se sumariamente no ambiente físico da questão, mas o que temos é a necessidade básica da formação de profissionais para a área logística dos transportes. Já está mais que comprovado que não adianta colocar mais veículos na rua. Temos que ter mais escolas profissionalizantes e de ensino superior voltadas a formação de técnicos, analistas e engenheiros de tráfego e logística. Sobretudo em cidades maiores, a distância tem ficado cada vez maior entre dois pontos que sempre estiveram no mesmo lugar, parece até ser um milagre da natureza. Cada vez mais as empresas produtoras e as transportadoras de produtos sentem a necessidade de criar os chamados “portos secos” entre caminhos críticos, com a finalidade de viabilizar entregas de forma mais rápida. Diante deste quadro, profissionalizar-se para a área de inteligência em transportes, é uma boa aposta para o futuro.
Autor: Arnold Gonçalves
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