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Banho no leito em enfermagem.

O banho é de grande importância para o paciente hospitalizado, porém, muitas vezes, não é possível que ele mesmo se aplique, e a intervenção do auxiliar de enfermagem se faz necessária. É mais um procedimento minuciosamente descrito na literatura médica, e deve ser seguido a risca para evitar comprometimento à saúde do enfermo.

O objetivo principal deste procedimento é o de eliminar da pele do paciente as células mortas, microrganismos e sujeiras que possam ter se aderido durante o período entre um banho e outro. Outro fator importante é o movimento de fricção que estimula as terminações nervosas periféricas e a circulação sanguínea. Por isto, as pessoas normalmente sentem conforto e relaxamento após o banho, e isto é ótimo para o paciente naturalmente estressado pela internação.

Cada paciente requer características individualizadas em relação aos procedimentos a serem efetivados. A temperatura da água, horário de aplicação, tempo de duração, produtos de higiene e medicação, realização por aspersão, imersão ou ablução... Muitos detalhes devem ser antecipadamente definidos para um melhor desempenho e resultado final.

O incentivo para que o paciente tome a frente e tenha a iniciativa de se auto higienizar é de vital importância para a recuperação geral de sua saúde. No entanto, em nenhum momento ele deverá ficar completamente só nesta atividade, pois o auxílio da enfermagem é a garantia de que tudo correrá bem, e de que em qualquer caso de aperto, o paciente terá a quem recorrer imediatamente.

O banho no leito é geralmente dado em casos extremos e é onde há maior sensação de impotência e vergonha entre os pacientes, causando baixa estima, o que deve ser combatido pela equipe de enfermagem. Esta modalidade de banho apresenta algumas características mais marcantes quanto a observação do aspecto físico geral do paciente, principalmente no que tange aos comprometimentos causados pela má circulação sanguínea resultante da inatividade do acamado.

Deve-se tomar o máximo cuidado para não expor exageradamente o enfermo aos produtos químicos necessários à higienização. A secagem também é de importância vital pelo fato de poder causar incomodas assaduras quando malfeita. A higienização de áreas íntimas deve ser feita de forma minuciosa por ser região de grande acúmulo de microrganismos. Tudo isso, sempre com palavras de incentivo para o paciente reagir e recuperar sua autonomia.

Para o auxiliar de enfermagem, efetivar os procedimentos do banho de leito, também não deixa de ser um momento de constrangimento, e este sentimento deve ser combatido pela certeza do profissionalismo a que está submetido. O bom resultado desse trabalho é fundamental para a recuperação geral do paciente, e deve-se entender que diante de si, antes de ser uma pessoa do gênero masculino ou feminino, há um ser humano carecendo urgentemente de ajuda naquele momento.

Autor: Arnold Gonçalves


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