Embora existam diversas fórmulas pedagógicas, e outras, mágicas; o método de estudo é fundamentalmente pessoal, levando em conta as características de cada estudante. Nesta composição há presença dos mais diversos requisitos e necessidades de como, onde e quando realizar os estudos. Não sei como é hoje em dia, mas no meu tempo não havia nenhuma disciplina que nos ensinasse a estudar. Cada aluno dependia de sua própria capacidade criativa e do apoio familiar para realizar as tarefas.

De forma geral, somos instruídos pelo sistema tradicional cartorário, onde nos posicionamos desconfortavelmente numa carteira escolar e esperamos tediosamente pela aula expositiva proposta pelo professor. Este formato de centralização no professor como elemento principal do processo, coloca o aluno eternamente na posição de coadjuvante e meramente receptor do conhecimento. Este formato pode ser danoso se pensarmos que dificilmente o aluno terá ganho em autoconfiança para tentar o novo, temendo sempre estar fazendo o errado segundo o posicionamento de seu instrutor.

Mais recentemente temos presenciado o crescimento do uso de métodos de ensino baseados em teorias voltadas para a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Construtivismo, Construcionismo, e Ensino por Competências; são algumas destas teorias que pretendem oferecer um horizonte mais amplo e independente ao aluno como possibilidade indefinida de aprendizado. Neste contexto, indefinido remete ao progresso, ao desenvolvimento máximo das capacidades e habilidades contidas em cada aluno, sem as limitações impostas pela figura opressora do professor.

Contudo, o modo de estudar continua sendo peculiar a cada estudante. Eu sei estudar? É uma pergunta interessante que devemos nos fazer. Certamente chegaremos a novos questionamentos, como: O que é estudar? O que devo estudar? Quando? Por quanto tempo? Lendo? Decorando? Colando?... Assim iremos montar o nosso próprio método de estudo, adaptado as nossas características.

Autor: Arnold Gonçalves

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