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Como conviver harmonicamente: Homem, automóvel e o trânsito?

Cada homem é um ser natural, fruto da evolução social e individual. Detém aspirações próprias e muitas vezes divergentes entre si. A busca pela saciedade destas aspirações causam necessariamente competições e seus conflitos resultantes. O homem nasce para vencer, porque assim é a natureza, onde somente os fortes e espertos saem vitoriosos. Embora muito se tenha feito para minimizar esta concorrência diária, ainda hoje as pessoas sabem que não podem contar uns com os outros sem ao menos uma moeda de troca.


O automóvel, por sua vez, é uma criação artificial, gerada pela mente humana. Ele não pensa, não age e não decide por si só. Depende totalmente dos comandos proferidos por um condutor humano que está no poder. Embora em alguns casos o computador de bordo já consiga decidir certos dilemas de forma mais racional e matemática, ainda assim, quem manda é o ser humano, e este está sempre sujeito àquelas aspirações mencionadas no parágrafo anterior. E o automóvel será mais um meio de tentar alcançá-las.

Postos os humanos em seus automóveis, temos o trânsito, que é a interação dos humanos entre si através de mecanismos de locomoção. Quanto mais pessoas dirigindo, mais aspirações a serem alcançadas, e menor o espaço para locomoção à estas finalidades. O conflito é questão de tempo, e principalmente, espaço, pois todas as pessoas querem vencer, lembra da natureza? E qual vai ser o resultado desta interação humana, onde os corpos agora estão escondidos dentro das máquinas. A impessoalidade faz crescer ainda mais a agressividade, e somente a educação poderá minimizar esta situação. Ou talvez, quando a tecnologia assumir o controle sobre os homens, automóveis e por consequência, do trânsito.

Autor: Arnold Gonçalves


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