Para começar precisamos entender o significado destas palavras tão usadas atualmente no meio corporativo. Relações, entre outros significados, representa o vínculo ou enlace entre pessoas ou entidades. Pode ser a ligação afetiva ou sexual entre as pessoas. Também é a comparação entre quantidades desiguais. Já interpessoal tem como significado o que é relativo ou implica relação entre duas ou mais pessoas. Tudo leva a crer, que em nosso caso, é a tentativa de aproximação entre as pessoas, o que parece ser muito difícil entre os humanos, embora sejam tidos como seres projetados para viver em sociedade.

O relacionamento entre as pessoas realmente não é nada fácil, pois há uma quantidade de elementos nesta comunhão que torna a mistura uma composição química extremamente explosiva. Elementos como o preconceito, grosseria, teimosia, sensibilidade, percepção, valores, interesses, distorções, poder, vaidade, etc. Tornam o contato interpessoal quase inviável. Sabidamente temos empresários, dirigentes, gestores e toda camada de superiores sendo exaustivamente preparados para a obtenção do lucro máximo e suplantação de todas as metas negociais. Contudo, a constatação da extenuação dos membros das equipes vem chamando a atenção não só por não atingirem novas metas, mas por gradativamente verem diminuir cada vez mais a produção, e isto ocorre, em muito, motivado pela deterioração dos relacionamentos interpessoais dentro da própria equipe.

Superar esta situação é uma das mais novas tendências do mercado. As empresas investem em profissionais de áreas como psicologia e assistência social com o objetivo de domar o inter-relacionamento. Não há aqui nenhum interesse em melhorar o relacionamento humano em si, mas sim o de minimizar os impactos negativos dele no mundo dos negócios. O objetivo não é melhorar a humanidade, e sim, melhorar os resultados financeiros das organizações. Se para isso, for preciso melhorar o ser humano, será feito, senão, tanto melhor mantê-los na alienação total. Cada vez mais vivemos num mundo impositivo do comportamento politicamente correto, onde somos coagidos a nos comportar de maneira muitas vezes diversa do que nos comportaríamos naturalmente, e isto nem sempre é bom para nós, mas pode ser bom para outros, alguém sempre vai sair ganhando num relacionamento. O justo, seria todos ficarem felizes em um relacionamento interpessoal, mas sem serem enganados.

Autor: Arnold Gonçalves

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