TEMA

A importância da higienização das mãos

É importante em qualquer situação, mas fundamental quando se diz respeito aos procedimentos na área da medicina. É medida primária para a prevenção contra infecções oportunistas, que se aproveitam da fragilidade física e psicológica do paciente para se propagar. As mãos são as principais ferramentas dos seres humanos na maior parte das interações de ação, e na enfermagem, é praticamente tudo feito com o uso delas. O excesso de manuseio das mãos pode acarretar acumulo de microorganismos prontos para se propagar, sendo assim, necessária, a constante higienização das mãos e adjacências. Este procedimento de prevenção é facilmente constatado em qualquer hospital, pronto socorro, laboratório, etc. Desde que hajam meios disponíveis para isto.

É fato que nem sempre é possível fazer a higienização das mãos conforme os padrões definidos. Situações extraordinárias como ocorrências em locais públicos com presença de acidentados, ou prontos socorros extremamente movimentados; causam a necessidade de urgência, e a luta imediata pela manutenção da vida vale o preço deste risco. Há casos de locais com ausência de pias para a lavagem das mãos e quando encontradas verifica-se a ausência de sabão ou a presença de água com má qualidade. Em outros casos, não há disponibilidade de álcool gel em quantidade e posições condizentes com as necessidades. Quanto a outros tipos de higienizantes, praticamente não são usados. Além disso, locais públicos, principalmente os banheiros, devem contar com equipe de limpeza constante e ativa, o que nem sempre acontece.

Devido ao risco da falta ou insuficiente higienização das mãos, é notório que este tema deva ser alçado às discussões mais intensas em busca de relevantes avanços em relação a conscientização de sua importância ao olhar dos profissionais que trabalham na área, desde os médicos, até o pessoal da limpeza e coleta de lixo. Se não houver adesão aos procedimentos padronizados não adiantará instalar pias, sabão, água de qualidade, pontos com disponibilidade de álcool, etc. Mas que esta falta de adesão não seja transformada em desculpa para não modernizar as instalações dos prédios destinados ao atendimento hospitalar. Salvo exceções, também é fácil de se constatar que estes prédios estão em condições sofríveis e bastante propensos a propagação de infecções para quem tem que ficar dentro deles por algum tempo.

Autor: Arnold Gonçalves


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