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Não há dúvida de que o clima interfere decisivamente na capacidade de produção de um solo. Animais e plantas comportam-se diferenciadamente conforme as ações de temperatura, umidade, configuração do solo, e outras características relativas às condições climáticas. O produtor deve estar atento a isto se quiser obter bons resultados em sua empreitada. Informações necessárias para o melhor aproveitamento produtivo de uma determinada propriedade rural podem ser obtidas em diversos órgãos governamentais ou mesmo no mercado privado, mas não há uma concentração de informações e o produtor deverá colhê-las em diversas fontes, associando-as aos seus conhecimentos e experiência adquirida pelos anos de labuta no campo. Nunca a necessidade de aumentar a produtividade no campo foi tão latente. O aumento da população mundial torna o desafio de produzir mais alimentos uma necessidade muito mais que meramente comercial, financeira ou de subsistência. Passa a ser um necessidade política e de sobrevivência como jamais foi em tempo algum. Cientistas preveem situações dramáticas para um futuro não muito distante e países como o Brasil têm todas as condições de ditarem o futuro da humanidade. Neste cenário, o estudo do clima passa a ser de extrema importância para que o país produza ainda mais do que vem produzindo, e que já é muito. Nos últimos anos houve uma intensa profissionalização e mecanização da atividade agrícola, o que foi ótimo e rendeu excelentes resultados econômicos. Contudo, temos que ir além, e estudar cada pedaço de nosso solo e clima a ponto de potencializarmos a produção agropecuária, que historicamente sempre foi o ponto forte da economia brasileira. Novas ciências, como a agrometereologia, surgem ou ganham maior destaque neste desafio de incremental a nossa produção rural. Outras tantas surgirão ou se desenvolverão, e o produtor deverá estar cada vez mais aberto às novas possibilidades, pois sua atividade já não está mais contida no mundinho interiorano. O mundo inteiro anseia por alimentos e ele virá basicamente dos mais profundos interiores dos continentes. Nunca o sertão foi tão importante. Autor: Arnold Gonçalves |
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