Muito controverso este assunto. As posições são antagônicas e discussões tensas imperam quando se trata do tema. Quem é a favor pensa na segurança, e quem é contra também. Fácil perceber que ambos se sentem com a razão. O fato é que violência contra o mais fraco ocorre o tempo inteiro e este argumento é forte aliado de quem é a favor. O mesmo fato por outro ponto de vista serve de base para contrapor, é só pensar no mais forte ainda com o reforço de estar armado. O que fazer? Como resolver tal entrave?
Temos que refletir sobre os termos; “posse”, que é diferente de “porte”. Posse de arma é quando você tem uma arma sob seu poder armazenada, por exemplo, em sua residencia, empresa ou fazenda. O porte de arma dá o direito ao cidadão carregá-la onde quer que vá, salvo restrições especificas como bancos, aviões, etc. Parece ser detalhe, mas não é. No caso do porte, o cidadão está mais sujeito às oscilações de humor e de comportamentos emotivos, como a raiva em casos de discussões em nosso trânsito caótico.
A posse tem seus grandes perigos, como os casos em que crianças localizam sua posição e acabam usando-a como um simples brinquedo. Pessoas com depressão próximas as armas também são sinônimos de grandes problemas. Assim como casais que vivem a discutir violentamente, ou até se agredir fisicamente. Por outro lado, residências e demais edificações rurais precisam e muito delas para que seja mantida a sua integridade. Uma viatura de polícia poderá levar horas para chegar lá no caso de um pedido de socorro, os sitiantes precisam estar prontos para se defender.
Aí está de fato o núcleo do problema. Não é com ou sem arma que o cidadão irá se safar do criminoso. O que realmente falta é um sistema de segurança que funcione adequadamente. Se houvesse um pronto atendimento ao menor sinal de perigo, estaríamos envoltos em uma sociedade ideal. Se pudéssemos ligar para o número de urgência e em questão de minutos o socorro estivesse no local indicado, não haveria nenhuma necessidade de armar a população. Se tivéssemos certeza de que o crime não compensa, não estaríamos sequer discutindo sobre o assunto.
Autor: Arnold Gonçalves
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