TEMA

Depressão.

Tida como o grande mal da atualidade, a depressão faz a cada dia, novas e até inconcebíveis vítimas. Pessoas que até pouco tempo atrás estavam completamente a salvas desta força maligna que as levaram para baixo. A perda de auto estima talvez seja a primeira e grande característica desta doença dos tempos modernos. Daí vem a perda da alegria, vontade, desejo, ambição. Da força pela luta básica em prol da sobrevivência. Muitos dizem que é falta de fé, e outros, que é sobra de preguiça.

Mas por que a depressão anda aprisionando tantas almas humanas? Muitos estudos, muito se diz, alguns tratamentos, e outras tentativas. O comprovável é que os remédios não dão conta e que a maior parte dos tratamentos são apenas paliativos. Há um mal maior que consiste na causa, e tudo é feito para combater as consequências. Muitas vezes ela provém de um grande trauma ocorrido no corriqueiro da vida, mas não são poucos aqueles que se deprimem justamente pela vida ser corriqueira.

A falta de perspectiva de mudanças, o excesso de cobranças, a complexidade dos relacionamentos, a dificuldade em obter um lugar no mundo, a pobreza, a riqueza, o medo de tudo, o stress do dia a dia, ônibus lotado, trânsito congestionado, o vôo atrasado, o vagão da exclusividade, as espinhas demais, os cabelos de menos, um olhar que não vem, a palavra não dita, aquela família ausente, e a outra que explora... São tantas as características, muitos os sinais, e a depressão sobressai numa sociedade também muito doente, de onde sai todo esse problema.

E o que pode ser feito para deter este avanço depressivo? Os profissionais estão por aí tentando, e a ciência é pródiga em obter avanços. Acredito na força dos cientistas em obter mais esta cura, mas por hora, vejo que a formatação da vida humana em sociedade tenha que ser reinventada. Há quem diga que ela caminha naturalmente para a perfeição, para mim, tal qual a natureza, está fazendo a seleção natural e eliminando os mais fracos, aqueles que não aceitam a sociedade como está, desumana.

Autor: Arnold Gonçalves


Redação anterior

Redação anterior

          

Próxima redação

Próxima redação