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Razão em termos de raciocínio, nem pensar. Contudo, razão, enquanto “por causa de”, com certeza sim. Muitos “humanos” lançam mão desta razão em função do deus dinheiro. Tudo é feito por ele, e assim, todos os meios justificam o fim para a sua obtenção. Ainda não há limites para a exploração dos semelhantes, e há até preferência pelos mais próximos, como no caso dos bolivianos em relação aos seus conterrâneos. A pobreza é a grande aliada deste modo de lidar entre as pessoas. Quem nada tem se submete a qualquer coisa pelo pão de cada dia. E quem tem índole perniciosa logo vislumbra meios de acumular bens através do sangue, suor e lágrimas de seu infeliz irmão de existência. É o capitalismo, nu e cru. Em sua forma mais cruel e desmoralizante para a tida civilização humana. A ignorância é outra aliada fundamental para esta persistência de desumanidade. Ambos os lados expressam claramente grande ignorância. O empregador acredita firmemente que está ajudando os explorados. Os explorados morrem muitas vezes clamando a Deus pelos sucesso de seus protetores, algozes. É comum que nenhum dos lados perceba o relacionamento doentio e totalmente alheio a civilidade. É um relacionamento que muito se assemelha aos tempos de escravidão, onde o escravo não se encontrava em condições de cuidar de si próprio, se posto em liberdade. Hoje, muitas pessoas se anulam em função de outras. Os motivos são os mais variados, e, para sorte ou azar delas, encontram seres mesquinhos e sádicos que irão subjulgá-las explorando-as ao máximo. Há um grande desafio a ser enfrentado e vencido pelos que sonham com um mundo melhor. Amar o próximo como a si mesmo, parece ser uma ambição utópica e inatingível. A religiosidade precisa se tornar maior do que a religião, para que a humanidade suplante a sociedade. O homem, que segue cada vez mais ao deus dinheiro, deve se voltar ao Deus Criador para ser humano. Autor: Arnold Gonçalves |
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