Nunca este tema teve tanta importância nas pautas de discussão quanto ao futuro da humanidade como ocorre atualmente. No século passado tivemos o grande predomínio da exploração do petróleo, mas os resíduos poluidores, aliados as suas finitas reservas mundiais, obrigam a busca por novas alternativas. Cada país procura encontrar fontes de energia de acordo com as características de seu território, e o Brasil não foge a esta regra, tendo atualmente como base de produção energética, as hidroelétricas e o álcool combustível.
Ocorre que, mesmo sendo fontes de energia renovável, estas alternativas amplamente difundidas pelo nosso país, apresentam sinais de saturação, tanto quanto a sua capacidade de produção, quanto aos problemas ambientais que causam. As constantes crises hídricas que se repetem anualmente colocam em xeque as usinas hidroelétricas, pois cada vez mais os reservatórios encontram-se a caminho do volume morto. A produção do álcool, por sua vez, é muitas vezes criticada por estar tomando áreas que deveriam ser disponibilizadas para a produção de alimentos, além de ser apontada como de grande desgaste a saúde do solo.
Embora sejam causadoras de acidentes extremamente graves, as usinas nucleares se apresentam como uma das mais prováveis alternativas para o futuro. Já teríamos uma Angra 2, não fossem as tradicionais atividades corruptas ocorridas em sua realização. Expansão das hidroelétricas só poderá ocorrer nas regiões norte e centro-oeste, o que acarretará em grandes impactos ambientais, inclusive em áreas indígenas, o que resultará em enorme comoção internacional. Outras formas de obtenção de energia podem ser utilizadas, mas suas tecnologias ainda carecem de melhor desenvolvimento. Entre elas estão a energia captada através do movimento do vento, marés do oceano, e da radiação solar; todos muito abundantes em nosso território.
O fato é que estamos diante da necessidade de decidirmos quanto ao rumo a seguir, e este caminho poderá significar a independência ou não do país quanto a geração de energia. E mais grave, poderemos criar verdadeiros monstros, com os quais teremos de conviver para sempre. Se a pura e simples geração de energia for o foco principal estaremos caminhando para um futuro sombrio apesar da luminosidade da energia gerada.
Autor: Arnold Gonçalves
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