O corpo é a vitrine para o mundo exterior. Sua aparência é como um currículo visual, e muitas oportunidades são abertas ou fechadas por conta dele. Neste sentido é de fundamental importância cuidar de nosso organismo material da melhor forma possível. Necessitamos dele sempre em seu apogeu como questão de sobrevivência. Na busca, e também manutenção, de um emprego, relacionamento ou qualquer que seja o convívio social; a disposição favorável ou negativa do corpo rege a maneira como os demais elementos irão se comportar.
Por outro lado, o excesso de zelo pelo corpo toma contornos exagerados em muitas pessoas. O temor por poder perder posições de destaque em determinados nichos sociais, leva a ações arriscadas em busca da perfeição. É relativamente comum vermos pessoas, ao nosso ver, lindas, se submeterem a procedimentos cirúrgicos perigosos para corrigir defeitos que aparentemente somente elas mesmas notam. Em alguns casos parece até que ficam pior depois da cirurgia.
A indústria da beleza não se preocupa muito com os riscos e o que faz é instigar a todos para gastar, e a vaidade humana é vasta área para a atuação do marketing comercial. O Brasil, talvez por ser um país de clima predominantemente ensolarado e agradável, é campo fértil para a exploração visual do corpo. Isto pode justificar a excelente posição do país em números de procedimentos estéticos, incluindo os cirúrgicos. Temos provavelmente a população mais bem produzida do mundo.
Embora a vaidade seja tida como o motor de arranque para a decisão por uma cirurgia plástica, o que realmente importa para maioria das pessoas é que resulte em vitórias na sua vida. Sejam elas afetivas, profissionais ou emocionais. A conquista de uma bela companhia, um ótimo emprego ou do retorno da auto estima. Desta maneira, a força da necessidade se torna muito maior do que a da vaidade, e o que parece ser apenas superficialidades, é na verdade o que levará a existência dessas pessoas para um rumo de maior felicidade.
Autor: Arnold Gonçalves
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