O idioma é sempre um problema para um estrangeiro, sobretudo para aqueles que falam línguas muito distantes da nossa. É fato que um japonês terá muito mais dificuldade do que um espanhol. Então não é pelo fato de ser a língua portuguesa, mas sim por ser uma língua diferente da nativa do imigrante.
No caso do Brasil, especificamente, há agravante relacionada ao regionalismo, ou seja, aquelas falas locais. Temos vocabulário e trejeitos linguísticos típicos de cada região, e como nosso país é imenso, um amazonense parecerá estar falando um idioma diferente ao ser confrontado ao gaúcho, e nenhum deles poderá ser associado ao português de Portugal.
Muitas regras gramaticais, e com diversas exceções. Palavras iguais que representam coisas diferentes de acordo com o contexto. Regências e conjugações verbais complexas. Algumas fonéticas como: “ão”, “em”, “im”, “nh”. Acentuação e pontuação. O vocabulário imenso. São problemas complexos para nós nativos, imagine para um imigrante.
A única alternativa é praticar. Errar, errar, até acertar. Quem fala espanhol, italiano ou francês já leva vantagem. A maioria dos demais irão sofrer um bocado até aprender. Não chega a ser uma barreira intransponível. Basta constatar a quantidade de povos diferentes que povoaram o Brasil. Gente de todos os cantos do mundo, que por fim se adaptaram, e se comunicam satisfatoriamente conosco.
Autor: Arnold Gonçalves
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