Por em perspectiva nossa vida é quase como uma atividade paranormal, onde provavelmente vislumbraremos um futuro repleto de alegrias e realizações. A criação deste panorama massivamente abstrato é composta por vários elementos conflitantes; Receio e esperança, medo e desejo, vontade e iniciativa... que, dependendo de cada intensidade pode levar a previsão de um panorama amplo e grandioso, ou de restrito e acanhado.

Em uma entrevista profissional é comum nos depararmos com perguntas do tipo: Onde você pretende estar daqui dez anos? Qual seu plano pessoal para daqui vinte e cinco anos?... Poucos de nós serão capazes de responder assertivamente uma questão dessas. As pessoas, em sua grande maioria, vivem um dia após o outro, e as coisas vão acontecendo conforme as circunstâncias. E seria realmente possível fazer tais previsões sem ser sensitivo? Creio que não, já que o teto pode cair sobre nossas cabeças a qualquer momento. É difícil que aconteça, mas o desastre de Brumadinho está aí para provar que tudo é possível. Por isso temos que tomar a perspectiva como um projeto de vida, que pode e será alterado a cada reavaliação.

Para começar a exercitar a aptidão do planejamento de vida pessoal, tome por início o próximo mês que está por vir. Coloque em planilha tudo que pretende realizar no mês que se inicializará. No dia primeiro já crie planilhas para os próximos três meses, pode apostar que com o passar do mês algumas realizações para lá serão transferidas, e novas intenções também surgirão para o futuro relativamente próximo. Com o passar dos meses haverão planilhas até para um futuro mais longínquo.

E não para por aí... crie o hábito de destacar os objetivos atingidos e sempre que estiver se sentindo para baixo acesse as planilhas com demonstração de suas grandes realizações. É isso, a perspectiva de vida pessoal não deve ser pautada predominantemente pela emoção, mas com firme base na razão. Com o passar do tempo poderá até mesmo prever feitos para dez, vinte ou trinta anos.

Autor: Arnold Gonçalves

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